Educar a criança para o consumo envolve ajudá-la a viver conectada com sua realidade espiritual, considerando os recursos materiais como bens transitórios. Vale lembrar que “o homem não possui de seu senão o que pode levar deste mundo” (1) Isso, naturalmente, nos leva a questionar: o que realmente possuímos? “Nada daquilo que é para uso do corpo, tudo que é de uso da alma: a inteligência, o conhecimento, as qualidades morais” (idem). Conscientes desta realidade, compreendemos o quão irracional é acumular coisas.
Infelizmente, as crianças têm sido cada vez mais estimuladas a consumirem de forma desenfreada. O resultado disso é um falso entendimento de que precisam acumular coisas para serem felizes, dar coisas para provarem seu amor e ter coisas para se sentirem especiais. Com essa terrível inversão de valores, lá se vão a criatividade e espiritualidade dos pequenos, soterradas em uma tonelada de brinquedos.
Segundo a cartilha “Consumismo infantil: na contramão da sustentabilidade” (2), elaborada pelo Instituto Alana em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, ninguém nasce consumista. “O consumismo é um hábito que se forma a partir de valores materialistas e que traz sérios problemas para a sustentabilidade” (p.3) - e, acrescentamos, também para o crescimento espiritual do ser.
Muitos produtos infantis são considerados imprescindíveis para a atividade lúdica. Mas será que são mesmo? “Muitas vezes (nem sempre) as brincadeiras necessitam de brinquedos chamados estruturados – a boneca, o carrinho, o robô, o videogame, etc. E hoje, em um mundo que valoriza mais o acúmulo do que o conhecimento, há um incentivo maior ao consumo desses objetos, principalmente estimulado por mensagens comerciais” (p.7) – e, muitas vezes, pelos próprios hábitos de consumo dos pais.
Para saber mais sobre esse tema, vale conferir o vídeo de lançamento da pesquisa “Infância Plastificada: O impacto da publicidade infantil de brinquedos plásticos na saúde de crianças e no ambiente”, que apresenta dados inéditos sobre o efeito “publicidade-desejo-consumo-descarte”.
A atividade que se segue pretende ajudar as crianças a entenderem que não precisam necessariamente de coisas compradas em lojas para se divertirem e que existem muitos brinquedos e brincadeiras legais que podem ser feitas com pouco ou nenhum gasto financeiro. A ideia é estimular os pequenos a viverem com mais simplicidade e, consequentemente, consumirem com moderação, ampliando, assim, seu foco nos bens imperecíveis da alma.
Como referência, utilizamos o plano de aula retirado da obra "Evangelizar à Luz do Espiritismo: Orientação e Programas de Aulas Infantojuvenis", que disponibilizamos no primeiro post da "Série Consumismo". Clique AQUI para conferir!
RECURSOS DE APOIO:
1. VÍDEO: “Dois Passarinhos”, por Fafá conta
SINOPSE: A contadora de histórias Fafá narra a história da obra “Dois passarinhos”, uma divertida e dinâmica narrativa de imagens que logo introduz o leitor no ritmo frenético da sequência de ações dos dois simpáticos pássaros. A cada dupla de páginas, o olhar percorre a cena para descobrir os elementos que são introduzidos no quebra-cabeças narrativo, culminando em um desfecho inesperado. Com humor e leveza, “Dois passarinhos” convida à observação crítica do mundo que nos rodeia, em que o consumismo acumulativo se sobrepõe, muitas vezes, aos valores éticos. Um livro que faz pensar sobre o que é de fato importante para dar sentido à nossa existência. Perfeito para crianças em idade pré-escolar!
2. LIVRO / JOGO: “Brinca Comigo?”
SINOPSE: O livro em formato de baralho “Brinca Comigo” traz, em cada carta, uma sugestão de brincadeira que usa apenas a imaginação. São ideias perfeitas para qualquer hora! Não há limite específico de idade: se as crianças conseguirem se comunicar de forma minimamente articulada, com o corpo e com as palavras, irão se divertir. Com apenas duas pessoas, já é possível brincar. Cada unidade vendida gera uma doação para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), instituição que, desde 1950, trabalha pela reabilitação de crianças portadoras de deficiência física. O livro-jogo pode ser adquirido pelo link: https://www.bancadobem.com.br/comprar/tipo/diversos/brinca-comigo/.
3. VÍDEO: Babalu / Jogo de mão / Brincadeira Tradicional
SINOPSE: O vídeo ensina um divertido jogo de mão. [A1] Em dupla, as crianças batem palmas enquanto cantam a música “Babalu”. Elas têm que bater as mãos de frente, juntas e cruzadas e repetir esses gestos até o final da música. Para aprender, basta conferir o vídeo!
LETRA DA MÚSICA:
Babalú!
Babalú de caramelo
Caramelo babalú.
Eu danço discoteca,
Discoteca prá chuchu!
Todos unidos,
Balançam os vestidos.
Prá frente, prá traz
Balança um pouco mais.
De um lado, pro outro
Balança mais um pouco.
Ohhhhh yes!
4. VÍDEOS: Brincadeira das 5 Marias
SINOPSE: As cinco “Marias", que dão nome a brincadeira, são os saquinhos de pano cheios de areia ou arroz. Ela consiste em executar uma sequência de movimentos com os saquinhos. Há várias fases e ganha quem conseguir executar corretamente todas elas. Quem errar perde a vez, tendo que retomar na próxima rodada de onde parou. O primeiro vídeo, “5 Marias - Auê | Filme infantil”, ensina as crianças a brincarem; já o segundo, “Brincadeira das 5 Marias paras as férias”, explica o passo-a-passo para confecção do jogo.
5.VÍDEO: Música – Brinquedo Novo
SINOPSE: A turma da popular série infantil “Vila Sésamo” se diverte com a música para reutilizar coisas. Uma ótima inspiração para as crianças em idade pré-escolar criarem novos brinquedos por meio da reciclagem de objetos que seriam jogados fora.
PARA IMPRESSÃO:
Bibliografia:
(1) KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução Guillon Ribeiro. 125.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. XVI, item 9.
(2) Cartilha “Consumismo infantil: na contramão da sustentabilidade”. Disponível em https://criancaeconsumo.org.br/noticias/consumismo-infantil-na-contramao-da-sustentabilidade/. Acesso em: 21 set. 2020. Obs.: O site do Programa Criança e Consumo tem como objetivo divulgar e debater ideias sobre as questões relacionadas à publicidade de produtos e serviços dirigida às crianças, assim entendidas as pessoas de até 12 anos de idade, bem como apontar meios de minimizar e prevenir os prejuízos decorrentes dessa comunicação mercadológica.
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